terça-feira, 27 de julho de 2010

TRE mantem prefeito de Sao Miguel do Guama

A população de São Miguel do Guamá teve mais uma surpresa ontem pela manhã. A posse da segunda colocada na eleição 2008, Márcia Rocha (PMDB), que deveria ter sido realizada pela manhã, foi suspensa pela justiça eleitoral. O prefeito, Vildemar Rosa (PR), mais conhecido como Nenê Lopes, foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/PA) na última terça-feira, por abuso de poder econômico na campanha eleitoral, mas a decisão foi suspensa pelo presidente do TRE, desembargador João Maroja, que concedeu liminar à ação cautelar impetrada pela defesa do prefeito cassado. Nenê Lopes permanecerá no cargo até o julgamento do mérito do recurso.

A liminar do presidente do TRE impôs efeito suspensivo ao acórdão publicado no Diário de Justiça, divulgando a decisão da cassação do prefeito. O juiz eleitoral de São Miguel do Guamá, Alexandre Trindade, havia pedido a João Maroja reforço na segurança do município para assegurar a posse da segunda colocada. Os vereadores locais também ficaram apreensivos com ameaças recebidas por telefone, avisando que um grupo de pessoas se preparavam para tumultuar a posse de Márcia Rocha e até depredar o fórum de justiça e o prédio da câmara de vereadores.

Nenê Lopes foi denunciado pela coligação Unidos por um Guamá decente, da segunda colocada no pleito. Na primeira decisão, Nenê Lopes também fora cassado, mas recorreu ao TSE, que também manteve a cassação, mas como a ação não transitou em julgado ele teve direito de se manter no cargo.

Nenê Lopes foi acusado de ter doado no dia 12 de julho de 2008 um ônibus à igreja evangélica Assembleia de Deus de São Miguel do Guamá. A defesa do prefeito alegou que se tratou de recurso de emenda parlamentar destinada ao veículo, mas a justiça eleitoral entendeu que se tratou de conduta vedada em período eleitoral.

Além de Nenê Lopes, o Pleno do TRE cassou os mandatos do prefeito de Ipixuna do Pará, Evaldo Cunha (PT) e de Dom Eliseu, Joaquim Nogueira Neto (PMDB). Todos foram acusados de abusar do poder econômico, político e de compra de votos na campanha municipal de 2008.

Fonte:Diário do Pará

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